O cachorro Tokinho será indenizado após vencer uma ação judicial contra seu ex-tutor por maus-tratos ocorridos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. As agressões aconteceram em junho de 2023 e foram registradas por câmeras de segurança. O caso ganhou repercussão, e em setembro do mesmo ano, o Grupo Fauna de Proteção aos Animais, organização que acolheu Tokinho, entrou com um pedido de indenização por danos morais, nomeando o próprio cachorro como autor da ação. A juíza responsável aceitou Tokinho como parte legal no processo.
A decisão foi proferida nesta sexta-feira (25) pela juíza Poliana Maria Cremasco Fagundes Cunha Wojciechowski. O ex-tutor, Abynner de Andrade Ferreira Kosofski, foi condenado a pagar R$ 5 mil por danos morais, valor que deverá ser usado exclusivamente em benefício de Tokinho, sob responsabilidade da nova tutora e com prestação de contas à Justiça. Além disso, Abynner também foi condenado a pagar R$ 820 por danos materiais ao Grupo Fauna, como forma de ressarcimento pelos gastos com alimentação, cuidados e segurança do animal durante o acolhimento.
A defesa de Abynner informou que vai recorrer da decisão, alegando que a sentença é injusta e contrária às provas apresentadas no processo. O objetivo da defesa é buscar a reversão da condenação nas instâncias superiores.
O advogado Vinicius Traleski, que representa Tokinho e o Grupo Fauna, comemorou a decisão, destacando que ela representa um grande avanço na causa animal. Segundo ele, a sentença não se limita ao aspecto financeiro, mas reforça a necessidade de proteção dos direitos dos animais e a responsabilização de quem comete crimes contra seres indefesos.