APÓS DOIS ANOS DE SECA SEVERA, AM PREVÊ ESTIAGEM MODERADA

Após dois anos de seca severa, o Amazonas deve enfrentar uma estiagem leve a moderada em 2025, com impacto estimado entre 20 e 30 municípios. A previsão é que cerca de 120 mil famílias — aproximadamente 480 mil pessoas — sejam afetadas em todo o estado. Diante desse cenário, o Governo do Amazonas apresentou, nesta segunda-feira (4), as ações para mitigar os efeitos da seca.

Segundo a Defesa Civil do Estado, todas as calhas dos rios já iniciaram o processo de vazante. A situação mais crítica ocorre na calha do Rio Madeira, onde a queda no nível é mais acentuada.
“A nossa principal preocupação é com a saúde e o abastecimento de água. Temos o programa Água Boa, que monitora áreas com maior dificuldade de captação. Depois, vem a ajuda humanitária, como a distribuição de caixas d’água. Já mapeamos as localidades onde os rios costumam baixar mais. Mesmo assim, a previsão é de uma seca moderada”, afirmou o governador Wilson Lima.
O governo também detalhou como vai enfrentar os incêndios florestais durante a estiagem deste ano. Segundo Lima, o estado já entregou nove Grupamentos Integrados de Combate a Incêndios e Proteção Civil (GCIPs) em cidades como Tapauá, Rio Preto da Eva, Novo Aripuanã, Maués, Lábrea, Manaquiri, Autazes, Jutaí e Coari. Essas unidades reforçam a presença do governo em áreas vulneráveis à seca e às queimadas.
Outras nove unidades estão em implantação nos municípios de Apuí, Atalaia do Norte, Barcelos, Boca do Acre, Careiro, Envira, Humaitá, Itapiranga e Manicoré. Elas vão ampliar a capacidade de resposta em regiões estratégicas.
O efetivo atual no interior do estado é de 223 bombeiros militares — 21 nos GCIPs e 202 em outras unidades. Além disso, há 232 brigadistas contratados, sendo 153 pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e 79 pelas prefeituras.
Para combater os incêndios florestais, o governo também informou que adquiriu 17 viaturas Auto Bomba Florestal (ATF), com capacidade de 10 mil litros de água cada, além de atomizadores, sopradores, drones e nanotecnologia antichamas — usada pela primeira vez no estado — para reforçar o combate a incêndios florestais.
Atualmente, a estrutura de resposta conta com 82 viaturas, 12 embarcações e 11 motocicletas. O governo também fortaleceu a logística para levar insumos e chegar às comunidades isoladas durante os períodos mais críticos da seca.
As ações incluem prevenção, monitoramento em tempo real e articulação com o Governo Federal para garantir apoio humanitário e infraestrutura. Entre as medidas estão a manutenção de portos e aeroportos e a dragagem de rios para manter a navegação em áreas remotas.

*G1 AM

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