A oposição ao governo Lula, liderada pelo Partido Liberal (PL), alcançou nesta quinta-feira (7) o número mínimo de assinaturas necessário para apresentar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) no Senado Federal.
O movimento ganhou força após Moraes decretar prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão levou parlamentares ligados ao bolsonarismo a intensificarem a coleta de assinaturas como forma de pressionar o Judiciário. O último a aderir foi o senador Laércio Oliveira (PP-SE), garantindo o apoio de 41 senadores, número exigido para que o pedido seja protocolado oficialmente.
Com o objetivo atingido, líderes da oposição anunciaram o encerramento da obstrução das atividades no Senado, além da desocupação da Mesa Diretora da Casa. Agora, o foco passa a ser o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem a prerrogativa de decidir se o processo será ou não aberto.
Na quarta-feira (6), o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), publicou uma imagem reunindo os nomes e fotos dos 40 parlamentares que já haviam declarado apoio à proposta.
Segundo as normas do Senado, além das 41 assinaturas necessárias para admitir o pedido, um eventual afastamento do ministro do STF só ocorreria com a aprovação de, no mínimo, 54 senadores, o equivalente a dois terços da Casa.
Apesar do discurso de fortalecimento do movimento pró-impeachment dentro do Congresso, o andamento do processo ainda depende da posição de Alcolumbre, que até agora não indicou intenção de dar seguimento à iniciativa.