O Mar da Galileia, em Israel, mudou de cor e apresentou tons avermelhados no último final de semana, causando preocupação entre moradores e gerando comparações com passagens bíblicas como as “dez pragas do Egito”. Para parte da população, o fenômeno foi interpretado como mau presságio.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente de Israel, a alteração ocorreu devido à proliferação da microalga Botryococcus braunii. A espécie pode adquirir coloração vermelha quando há acúmulo de um pigmento natural sob intensa luz solar. As autoridades informaram que as algas são inofensivas, a água segue própria para banho e não há registros de problemas de saúde.
O fenômeno é favorecido por altas temperaturas, forte incidência de luz e presença de nutrientes na água. Embora seja verde, a microalga produz hidrocarbonetos que podem ser usados na fabricação de biocombustíveis. Casos semelhantes já foram registrados na região, incluindo uma lagoa próxima ao Mar Morto, na Jordânia, que ficou vermelha em 2021.
O Mar da Galileia tem importância histórica e religiosa para cristãos e judeus. No Novo Testamento, é cenário de episódios como a caminhada sobre as águas, a pesca milagrosa e a multiplicação de pães e peixes. Já para os hebreus, foi uma importante área de pesca e moradia.
Especialistas destacam que o episódio é uma forma de maré vermelha, fenômeno natural em que microalgas ou cianobactérias se multiplicam e produzem pigmentos que alteram a cor da água. Nem todas as marés vermelhas são tóxicas, mas algumas podem causar prejuízos à vida marinha e à saúde humana. No caso do Mar da Galileia, não há indícios de risco.
Fonte: R7