A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulgou novo informe epidemiológico com dados atualizados sobre a esporotricose humana e animal no estado. A doença é uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes no solo, em plantas e em matéria orgânica em decomposição.
No período avaliado, foram notificados 2.342 casos de esporotricose humana no Amazonas. Desse total, 1.787 foram confirmados e 266 seguem em investigação. O informe registra um óbito relacionado à doença. A maioria dos casos confirmados é de moradores de Manaus (1.668), seguida pelos municípios de Presidente Figueiredo (39), Barcelos (28), Iranduba (14), Maués (8), Manacapuru (6) e Itacoatiara (4).
Em relação à esporotricose animal, foram notificados 4.701 casos em todo o estado, sendo 4.392 confirmações. Atualmente, 2.249 animais estão em tratamento, enquanto 2.118 evoluíram para eutanásia ou óbito. Os gatos representam a maior parte dos casos (97,6%), seguidos por cães (2,4%), com predominância de animais machos (65,7%).

O enfrentamento da esporotricose no Amazonas ocorre por meio de uma rede técnica integrada, formada por instituições responsáveis pelo monitoramento e controle da doença. Entre os órgãos participantes estão a FVS-RCP, a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), a Fundação Hospital Alfredo da Matta (FUHAM), a Secretaria de Estado de Proteção Animal (SEPET), a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV-AM).
A esporotricose pode acometer humanos, gatos, cães e outros mamíferos. A infecção em pessoas ocorre quando o fungo entra em contato com a pele ou mucosas por meio de ferimentos, como os provocados por espinhos, lascas de madeira ou materiais contaminados. Já a transmissão a partir de animais infectados pode ocorrer por arranhaduras, mordeduras, lambeduras, secreções respiratórias ou contato direto com lesões cutâneas.
Como medida de prevenção, a orientação é evitar que cães e gatos circulem sem supervisão e procurar atendimento médico ou veterinário especializado diante de sinais suspeitos da doença. O informe epidemiológico completo está disponível no site da FVS-RCP e reúne dados atualizados mensalmente sobre a situação da esporotricose humana e animal no Amazonas.
