ARQUIDIOCESE DE MANAUS LANÇA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2025

Caminhada saiu da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, no Centro da capital (Foto: Divulgação/ Arquidiocese de Manaus)

Com caminhada ecológica, missa e apelo à população, a Arquidiocese de Manaus lançou, na manhã desta quarta-feira (5), a Campanha da Fraternidade 2025, que tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral”. A caminhada saiu da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, no Centro da capital, em direção ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida e terminou no Parque Rio Negro, no bairro São Raimundo, Zona Oeste da cidade.

Durante a caminhada, também chamada de “peregrinação”, os fiéis cantaram louvores, rezaram e ouviram mensagens dos coordenadores da campanha, que destacaram a importância da conservação ambiental. Além disso, os coordenadores alertaram sobre os impactos das mudanças climáticas e fizeram um apelo às autoridades.

No percurso, ao passarem pela ponte do São Raimundo, a poluição dos igarapés de Manaus, o acesso à água tratada e o saneamento básico foram temas centrais das falas. No Santuário de Nossa Senhora Aparecida, os fiéis realizaram o plantio de mudas, simbolizando o compromisso com a natureza e a responsabilidade pela conservação ambiental.

Ao final da caminhada, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, celebrou uma missa para marcar o início oficial da Campanha da Fraternidade deste ano. Em sua homilia, ele ressaltou a necessidade urgente de uma mudança de mentalidade e atitudes em relação ao meio ambiente.

“A Campanha da Fraternidade deste ano vem guiada pelo Cântico das Criaturas e nos recorda a necessidade urgente de uma conversão ecológica. Queremos que cada um de nós, mulheres e homens, seja portador de esperança. Semeemos e cultivemos uma ecologia integral. Devemos abrir os olhos para que a ecologia realmente seja integral, ou seja, pertencente a todos. Todas as criaturas devem ser respeitadas e cuidadas”, disse o arcebispo de Manaus.
Steiner também destacou os desafios ambientais enfrentados na região. Em seu discurso, ele mencionou a contaminação dos rios por mercúrio, o desmatamento provocado pelo garimpo ilegal e a extração desenfreada de madeira, além da pesca predatória.

“Nós queremos recordar alguns pecados nossos. Precisamos abordar as realidades difíceis que vivemos, os nossos rios, que se enchem de mercúrio, as nossas florestas, devastadas pelo garimpo e pela ganância da extração de madeira, os nossos peixes, roubados e vendidos. Também queremos lembrar que o saneamento básico em nossa cidade ainda é muito precário para uma população de 2,3 milhões de habitantes”, destacou o cardeal.
Ao final da missa, Steiner fez um chamado à conscientização coletiva e à necessidade de ações concretas para a defesa da ecologia integral.

“Nós queremos recordar tudo isso para afirmar que vivemos em uma sociedade que conhece o conceito de ecologia integral, mas precisa, de fato, abrir os olhos para ele. Nesta Quaresma, queremos trilhar o caminho da conversão ecológica e contribuir para essa causa, pois, ao fazermos isso, seremos também semeadores da esperança de uma ecologia integral”, disse.
A Campanha da Fraternidade, promovida anualmente pela Igreja Católica durante os 40 dias da Quaresma (este ano, de 5 de março a 17 de abril), convida os fiéis a refletirem sobre a conservação ambiental e a necessidade de uma conversão ecológica. Trata-se de um chamado ao compromisso coletivo de cuidar do meio ambiente e garantir condições dignas de vida para todos os seres.

 

 

 

A CRÍTICA*

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