BOMBARDEIOS ISRAELENSES NO IÊMEN DEIXAM 9 MORTOS E MAIS DE 100 FERIDOS, SEGUNDO REBELDES

Pelo menos nove pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas em bombardeios israelenses contra infraestruturas dos huthis no Iêmen, indicou o grupo rebelde, que controla a capital e vastas partes do país.

“O balanço é de nove mártires e 118 feridos, segundo um primeiro levantamento. A defesa civil, as ambulâncias e as equipes de resgate continuam procurando desaparecidos”, escreveu no X Anees Alasbahi, porta-voz do Ministério da Saúde huthi.

Israel confirmou que bombardeou “alvos militares” huthis em Sanaa e na região de Al Jawf, no norte do Iêmen. No dia anterior, havia anunciado que interceptou um míssil disparado do país.

A rede de televisão huthi Al Masirah relatou vários mortos em um edifício das forças destes rebeldes iemenitas que foi atingido. “Mártires, feridos e várias casas danificadas no ataque israelense”, indicou a emissora.

“Nossas defesas aéreas enfrentam atualmente aviões israelenses que lançam uma agressão contra nosso país”, declarou o porta-voz militar huthi, Yahya Saree, no Telegram.

Segundo dois jornalistas da AFP na capital do Iêmen, o bombardeio atingiu um prédio utilizado pelas forças armadas huthis. A Al Masirah também indicou que os bombardeios alcançaram edifícios governamentais em Jawf.

Em um comunicado, o Exército israelense confirmou, por sua vez, que atacou “alvos militares” huthis “nas regiões de Sanaa e de Al Jawf”. Um dia antes, havia anunciado a interceptação de um míssil disparado do Iêmen.

Entre os alvos dos israelenses estavam “campos militares onde membros do regime terrorista foram identificados; a sede das relações públicas militares dos huthis e um sítio de armazenamento de combustível”, especificou o Exército.

Este ataque ocorreu três dias depois de um drone lançado do Iêmen ferir um homem no aeroporto de Ramon, no sul de Israel.

Em 28 de agosto, o então primeiro-ministro iemenita, Ahmed Ghaleb Nasser al-Rahawi, nove ministros e dois funcionários de gabinete foram mortos em um bombardeio israelense contra Sanaa.

Após o ataque, os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irã, prometeram intensificar suas ações contra Israel.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre o Hamas e o Exército israelense, em outubro de 2023, os huthis lançaram inúmeros ataques com drones e mísseis contra Israel. O grupo afirma agir em solidariedade aos palestinos.

Em resposta, Israel lançou vários ataques contra o Iêmen, visando portos controlados pelos huthis e a capital, Sanaa.

*AFP

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