Paris Saint-Germain (França), Real Madrid (Espanha) e Manchester City (Inglaterra) são os grandes favoritos ao título da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, que começa amanhã, nos Estados Unidos. Já os quatro clubes brasileiros que participam do torneio — o maior número entre todos os países — não aparecem nem na segunda prateleira entre os mais cotados para erguer o cobiçado inédito troféu em 13 de julho, em Nova York. Ao menos é essa a avaliação de 40 jornalistas e especialistas ouvidos pelo GLOBO no “Favoritômetro”, ferramenta que mede as chances dos 32 clubes no Mundial.
Cada especialista atribuiu notas de 1 a 5 estrelas para cada equipe, à moda americana, avaliando até onde cada uma deve chegar. As notas foram agrupadas em cinco faixas: de “favorito ao título” (5 estrelas) a “deve cair na fase de grupos” (1 estrela). A média das 40 avaliações definiu a prateleira de cada time.
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Se a conquista da Champions League pelo PSG e os elencos estrelados de Real e City os colocaram no topo da lista, o sorteio dos grupos tratou de empurrar outros para baixo.
Botafogo na berlinda
O caso mais emblemático é o do Botafogo. Atual campeão da Libertadores e do Brasileiro, o clube viveu um início irregular de temporada, mas reagiu nos últimos meses. Ainda assim, recebeu a pior nota entre os brasileiros: média de 1,6 — a décima mais baixa entre os 32 times. Ficou atrás de todos os europeus e sul-americanos, além de clubes de outros continentes como Inter Miami (EUA), Al Ahly (EGI) e Pachuca (MEX) — este último, algoz do alvinegro na Copa Intercontinental, em dezembro.
Pesou o fato de o Botafogo estar no Grupo B, ao lado de dois europeus, o PSG (maior nota do ranking, com 4,9)e o Atlético de Madrid (ESP), com 3,3, além do Seattle Sounders (EUA), com 1,1 — a quinta pior nota. Apesar da fragilidade dos americanos, adversários da estreia neste domingo, às 23h (de Brasília), o confronto com dois fortes europeus e um regulamento que só permite a classificação de dois clubes por grupo tornam o “sonho americano” do alvinegro um possível pesadelo.
Ao somar as notas dos clubes de cada grupo, o B se confirma como o “grupo da morte”, com a maior soma da competição: 11,1 pontos. Seattle e Botafogo são os times que enfrentam os rivais com maior média combinada de dificuldade (9,9 e 9,5 pontos, respectivamente).
Caminhos desiguais
Na outra ponta está o grupo do Fluminense. Com Borussia Dortmund (Alemanha), Ulsan (Coreia do Sul) e Mamelodi Sundowns (África do Sul), a chave soma apenas 7,8 pontos no Favoritômetro do GLOBO.
Segundo o levantamento, o tricolor é o quinto time com o caminho mais acessível na fase de grupos: enfrentará adversários que, juntos, somam 5,7 pontos. O Borussia, adversário da estreia (terça-feira, às 13h), é quem tem o grupo mais fraco na média: 4,6 pontos. Para comparação, o Botafogo encara 5 pontos só no confronto com o PSG.
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Mesmo assim, os especialistas ouvidos não demonstram grande confiança no time de Renato Gaúcho, que foi incluído na categoria “briga por uma vaga nas oitavas”. O River Plate (Argentina) aparece à frente entre os sul-americanos.
Flamengo e Palmeiras têm média apenas 0,6 superior à do Fluminense, mas figuram em um “outro patamar”, para usar a frase já clássica de um atacante rubro-negro. São os únicos clubes fora da Europa acima de dois times do continente: Porto (POR), adversário do Palmeiras na estreia (domingo, às 19h), e Salzburg (AUT). Ambos lideram o “resto do mundo” no ranking, empatados, e têm a mesma nota do Benfica. Estão classificados na faixa de que podem chegar às quartas ou às semifinais.
A projeção aponta dificuldade parecida para os dois clubes brasileiros: os três adversários que cada um enfrentará na fase de grupos somam 5,9 pontos.
O Flamengo estreia na segunda-feira, às 22h, contra um dos maiores azarões do torneio. O Espérance (Tunísia) tem uma das menores notas da pesquisa, empatado com o Auckland City (Nova Zelândia) e o Al Ain (Emiares Árabes Unidos).
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