FILIPE LUÍS ADMITE CHANCE DE PEDRO REFORÇAR FLAMENGO NO INTERCONTINENTAL E DESPISTA SOBRE RENOVAÇÃO

O Flamengo segue em preparação para o confronto contra o Cruz Azul, do México, pelo Derby das Américas, na Copa Intercontinental, e uma das dúvidas do técnico Filipe Luís é a presença de Pedro, que não joga desde o dia 23 de outubro. No entanto, o treinador mostrou otimismo com a chance de contar com o atacante numa possível final contra o PSG.

Em entrevista coletiva nesta terça, no Estádio Ahmad bin Ali, palco da partida contra os mexicanos, Filipe Luís admitiu que a comissão acredita que o atacante vá se recuperar a tempo de disputar a competição. Pedro fraturou o braço e teve uma lesão muscular na coxa direita durante o mês de novembro e perdeu jogos decisivos, como a reta final do Brasileirão e a decisão da Libertadores.

— Tem, por isso que ele está aqui, porque acreditamos que ele vai se recuperar. É o nosso atacante, precisamos dele, e tomara que possamos tê-lo no campo novamente — afirmou o treinador.

Filipe Luís também comentou a negociação pela renovação do contrato com o Flamengo, mas preferiu focar somente na partida contra o Cruz Azul, nesta quarta-feira. Ontem, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, garantiu que o treinador renovará até o Natal e disse que só “falta assinar” o novo acordo.

— A virada de chave é rápida a partir do momento em que se começa a estudar o adversário, porque sabemos todos da cobrança e a exigência que existem no Flamengo, interna e externamente. A importância dessa competição para o futebol sul-americano nos dá também a possibilidade de continuar fazendo história, por isso queremos chegar o mais longe possível. Também nos dá muita confiança de ter conseguido os melhores números do campeonato mais difícil do mundo, que é o Brasileiro, com tantos jogos e dificuldades no ano, e minha equipe fez um campeonato maravilhoso, que me deixa muito orgulhoso. Sobre a renovação, para mim a prioridade é o jogo que vem pela frente, é o que estamos disputando. Tudo que é pessoal fica secundário

O Flamengo estreia no Intercontinental, contra o Cruz Azul, do México, na próxima quarta-feira (10), às 14h de Brasília. Se avançar, encara o Pyramids, do Egito, no dia 13. O vencedor deste jogo encarará o Paris Saint-Germain, da França, no dia 17. Todos os jogos serão no Estádio Ahmad bin Ali, casa do Al- Rayyan.

Outras respostas de Filipe Luís

Sobre o Cruz Azul

— O Cruz Azul é um time muito competitivo e muito bem treinado. A liga mexicana é muito competitiva, disputada, com um poder financeiro muito grande. É uma equipe com bons jogadores, com muita qualidade, fisicamente muito forte. Defendem de uma forma muito agressiva, pressionam muito e tentam sempre ser protagonistas do jogo. Um time que tenta roubar a bola e atacar o máximo possível — analisou Filipe Luís.

Como manter a mentalidade vencedora depois de chegar no auge?

— O ser humano pode relaxar depois de alcançar um objetivo. É um grupo feito de multicampeões, e a única coisa que sinto é que eles querem mais. Essa era minha principal preocupação, mas o que vejo é muita ambição nos treinos, muita fome e seriedade. Não só espero que seja assim no Mundial, como espero que seja assim no ano que vem, porque, no final das contas, jogadores multicampeões continuam conquistando porque não perdem a fome de títulos. Por isso são jogadores tão grandes e com tanta história no futebol, não se acomodam depois de conquistar um título.

O fato de poder ser eliminado em um único jogo influencia?

— Foi para a gente assim o ano inteiro. Aliás, os dois times que passamos na Libertadores (Estudiantes e Racing) são os finalistas do Campeonato Argentino. Foi muito difícil conseguir o que conseguimos. Dentro do Brasileiro foram muitos mata-matas, com jogos que se perdêssemos o adversário poderia disparar, ou tendo que ganhar para ficar na ponta. Nosso time está acostumado a disputar jogos decisivos desde o Carioca, em que teve oito clássicos. Os jogadores convivem bem com esse tipo de pressão e, nesses jogos, os jogadores grandes aparecem.

Maratona de jogos do Flamengo pode pesar?

— Foi um ano longo para todos os clubes. O Flamengo teve 75 jogos porque chegou nas finais, jogou o Mundial, isso é um orgulho para nós. No futebol são momentos. Às vezes o time está cansado no começo do ano e menos cansado no final. A parte mental é importante, talvez um mês e meio atrás nossa equipe tenha oscilado e se viu um pouco mais cansada, por causa da pressão daquele momento. O momento agora é muito bom. A gente descansou a maioria dos jogadores uma semana e, por mais que tenha sido um ano longo, eles querem conquistar. Conseguimos revezar bastante o elenco esse ano para diminuir as lesões e ter todo mundo disponível. Chegamos nesse Mundial no nosso melhor momento.

O Flamengo é favorito? O que representa comandar o time nesse torneio?

— Estar sentado nessa cadeira é um cargo de muita exigência, como foi durante toda a temporada, e para mim é um orgulho. É o que sempre sonhei, trabalhei muito para conquistar. Liderei esses jogadores no Mundial de Clubes, conseguiram passar uma imagem excelente, e esperamos fazer a mesma coisa no jogo de amanhã. Não tem favorito, é o melhor da América do Sul contra o campeão da CONCACAF. Os dois melhores vão lutar para ganhar.

*Extra

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