A Justiça do Amazonas inicia nesta segunda-feira (7), o julgamento de Vitória Assis Nogueira, mãe de Laylla Vitória, bebê de um ano e sete meses estuprada e morta por Gregório Patrício da Silva, na cidade de Jutaí (a 751 quilômetros a oeste de Manaus). Outras 15 pessoas também serão julgadas pela morte do suspeito.
O crime aconteceu no dia 19 de setembro de 2024 e gerou grande comoção pública. De acordo com as informações, o homem foi preso e confessou que havia estuprado a menina e jogado o corpo no rio. Após a prisão, moradores se reuniram em frente à delegacia, retiraram o homem da prisão, espancaram com pedaços de madeira e, em seguida um homem joga gasolina no vendedor de picolé e ateia fogo no corpo.
Todas a pessoas envolvidas na ação e mãe da criança foram presas. De acordo com a defesa da mãe de Lailla Vitória, a audiência é mais um passo no processo judicial que busca esclarecer as circunstâncias da morte da criança.
“Esse processo é vergonhoso do ponto de vista moral. Um estranho estuprou e matou uma criança inocente. Até hoje a mãe da vítima está presa de forma preventiva, covarde e vil. Ela em momento algum incentivou a população a invadir a delegacia e matar. Eu fico pensando na dor dessa mãe, de perder sua filha para um marginal”, destacou Vilson Benayon, advogado da mãe.
A mulher está presa há oito meses no complexo prisional feminino de Manaus. “Ela está sofrendo uma penalidade dupla, além de perder sua filha que foi covardemente estuprada e morta, ainda foi presa acusada injustamente de ter invadido a delegacia e matado o autor do crime contra sua bebê”, afirmou Benayon.
Os réus serão julgados por homicídio qualificado.