O grupo de apoiadores da ex-candidata à Prefeitura de Parintins, Brena Dianná, que ficou conhecido como QG do Crime, foi indiciado pela Polícia Federal por organização criminosa, corrupção eleitoral e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Cinco nomes foram apontados e podem pegar penas de até 20 anos de prisão. O anúncio faz parte do inquérito da Operação Tupinambarana Liberta feito na manhã desta quarta-feira, 27.
Foram alvos da operação e, agora, indiciados membros do governo do estado do Amazonas como o ex-secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz; o ex-secretário de Administração, Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, ex-diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando Silva do Valle; e os militares: ex-comandante da Rocam, tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos; e o ex-comandante do Comando de Operações Especiais (COE), capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o grupo fez uso da estrutura (logística e pessoal) para favorecer a campanha da ex-vereadora Brena Dianná, que em 2024 concorreu às eleições municipais em Parintins. O relatório aponta “compra de votos, ameaças a eleitores por meio de facções criminosas, obstrução à atuação da PF e monitoramento de adversários políticos”.
Os indiciados foram exonerados dos cargos desde o ano passado. Nas investigações, eles aparecem em imagens de vídeos de reuniões realizadas em Parintins, que repercutiu e nível nacional e ficou conhecido como QG do Crime.
Agora, o caso segue para o Ministério Público Eleitoral (MPE) para dar prosseguimento às apurações e tomadas de decisões.