Na noite da última quinta-feira (13), uma cidadã colombiana foi presa pela Polícia Federal (PF) ao tentar embarcar do Aeroporto Internacional de Belém, no bairro de Val-de-Cans, com destino a Portugal, transportando 1,278 quilos de cocaína escondidos na estrutura metálica de duas malas despachadas. A prisão ocorreu durante uma ação de rotina da PF para coibir o tráfico internacional de drogas.
A droga foi descoberta durante uma revista minuciosa feita pelos agentes federais. Embora os compartimentos regulares das malas contivessem apenas roupas, o peso excessivo chamou a atenção dos policiais, que decidiram investigar mais a fundo. A suspeita foi abordada após passar pela emigração, enquanto aguardava o voo programado para decolar às 22h50. Além da cocaína, a PF apreendeu também 1.250 euros em posse da passageira.
Rota internacional e conexão com cartéis
As investigações revelaram que a suspeita havia iniciado sua viagem na capital colombiana, Bogotá, de onde partiu para Guarulhos, em São Paulo, no dia 8 de fevereiro. Três dias depois, ela embarcou para Belém, de onde pretendia seguir para Lisboa, Portugal, e posteriormente viajar de ônibus para Madri, na Espanha. A trajetória sugere um esquema planejado para transportar drogas entre a América do Sul e a Europa.
O caso acende um alerta para a atuação de cartéis colombianos que, segundo a PF, têm investido em Belém como uma nova rota de escoamento de cocaína. O método de aliciamento de mulheres para atuar como “mulas do tráfico” é uma prática comum dessas organizações criminosas, que recrutam passageiras para transportar entorpecentes para a Europa.
Aperto na fiscalização e punição severa
A prisão da colombiana ocorreu apenas três dias após outra operação da PF no mesmo aeroporto, quando uma venezuelana foi detida ao tentar embarcar para a Europa com cocaína vinda da Colômbia. As duas ocorrências reforçam a estratégia das quadrilhas para expandir suas atividades no território brasileiro.
A Polícia Federal tem intensificado a fiscalização nos aeroportos e investe em investigações para desarticular esses esquemas. O tráfico internacional de drogas é um crime qualificado como hediondo pela legislação brasileira, com pena prevista entre 5 e 15 anos de reclusão, podendo ser aumentada de um a dois terços quando o crime ultrapassa as fronteiras nacionais.
Após ser flagrada com a droga, a suspeita foi encaminhada à Superintendência da Polícia Federal no Pará para os procedimentos legais. Em seguida, foi conduzida ao Sistema Prisional do estado, onde aguardará o andamento do processo judicial.
Fonte: AM POST