Pablo Silva Santiago, servidor público federal de 39 anos, está sendo investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), por suspeita de registar vídeos e fotografias de mulheres sem consentimento em casas de banho de residências privadas e espaços públicos. O caso tem causado grande indignação, não apenas pela violação de privacidade, mas também pela gravidade do material trocado em grupos online.
Na manhã de terça-feira (13), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca na residência do suspeito. Foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, incluindo computadores portáteis, celulares e discos rígidos externos. A perícia digital está em curso.
De acordo com o depoimento da ex-namorada de Pablo, que acedeu ao computador pessoal do suspeito em abril, os ficheiros estavam meticulosamente organizados por nomes e datas. Ela revelou ter encontrado milhares de imagens e vídeos íntimos de diversas mulheres, registados desde 2017, alguns captados em casas de familiares e amigos, incluindo locais como casas de banho residenciais e salões de beleza.
O que mais chocou as autoridades foi a utilização deste conteúdo como “moeda de troca” em grupos no Telegram e fóruns obscuros da internet. Pablo participaria ativamente de comunidades onde o material era trocado por outros vídeos ilegais, entre os quais, segundo os investigadores, conteúdos associados a necrofilia.
A própria denunciante descobriu ter sido uma das vítimas, sendo filmada sem autorização enquanto tomava banho. Ao ser confrontado, Pablo teria admitido o comportamento, referindo tratar-se de um “vício” e mostrou voluntariamente outro HD externo, onde estariam guardados registos de outras mulheres, incluindo da ex-companheira.
A Deam está agora focada na identificação de outras potenciais vítimas, com apoio da perícia informática. O nome da denunciante está a ser mantido em sigilo para garantir a sua proteção.
*Fonte: Portal Tucumã