A Polícia Civil do Amazonas revelou novos detalhes sobre o caso do adolescente Fernando Vilaça morto após uma sessão de espancamento em Manaus. Durante coletiva de imprensa, autoridades informaram que os dois menores apreendidos alegaram ter agido em legítima defesa, versão que está sendo contestada pelas investigações.
Segundo os depoimentos, os agressores afirmaram que a vítima teria se aproximado acompanhada de outras duas pessoas e iniciado as agressões, o que os teria levado a reagir.
No entanto, as provas coletadas pela polícia contam uma história diferente. O laudo pericial e os depoimentos de testemunhas indicam que um dos adolescentes desferiu um chute violento no ombro de Fernando Vilaça, fazendo com que ela caísse e batesse a cabeça contra o muro da escola.
O delegado geral Guilherme Torres, responsável pelo caso, foi enfático ao afirmar que não há indícios que sustentem a tese de legítima defesa.
“Pela dinâmica dos fatos que conseguimos reconstituir, ficou claro que se tratou de uma agressão deliberada e sem provocação”, explicou.
Fernando Vilaça foi vítima de crime homofóbico
As investigações apontam que o ataque pode ter sido motivado por injúrias de cunho homofóbico, embora os suspeitos neguem qualquer tipo de preconceito contra a vítima.
Um dos aspectos mais preocupantes do caso é o histórico de violência de um dos adolescentes envolvidos. De acordo com informações da polícia, ele já havia sido expulso da escola por comportamento agressivo anteriormente.
O delegado destacou que esse padrão de conduta reforça a versão de que se tratou de um ataque intencional contra Fernando Vilaça, e não de uma reação defensiva como alegado pelos menores.
O caso agora está nas mãos da Justiça, que deverá analisar as provas e decidir qual versão dos fatos será acatada. Como os envolvidos são menores de idade, os detalhes do processo serão mantidos em sigilo, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.
*Fonte: Portal Tucumã