A realização da Feira Agropecuária da Universidade Nilton Lins, marcada para este fim de semana em Manaus, reacendeu uma polêmica que envolve a morte de 16 cavalos em janeiro deste ano. Os animais morreram após consumirem feno contaminado, conforme apontou laudo técnico do Ministério da Agricultura. O evento será realizado no mesmo terreno onde os cavalos foram enterrados, o que gerou revolta entre alguns dos proprietários dos animais mortos.
“O absurdo é que enterram os cavalos ali e, poucos meses depois, fazem um evento como se nada tivesse acontecido. É o resumo da barbaridade”, declarou um dos donos, que preferiu não se identificar. Segundo ele, valas foram abertas no terreno para depositar os corpos dos equinos.
A repercussão do caso gerou um posicionamento do empresário Nilton Lins Júnior, responsável pelo haras e pela organização da feira. Em entrevista a um portal local, ele confirmou que o evento continuará sendo realizado no mesmo espaço, “como acontece há anos”, e negou qualquer tipo de insensibilidade ou desrespeito com os criadores.
“Cavalos são animais enormes, bonitos, robustos. Mas também são frágeis. Morrem com uma virose. Já morreram outros em outros momentos e foram sepultados no haras. Não existe insensibilidade da nossa parte”, disse empresário ao Blog do Hiel Levy.
Indenização
Outro ponto que gerou indignação foi a falta de indenização para alguns donos dos cavalos mortos. Enquanto a organização afirma que as indenizações foram pagas conforme o valor de mercado, há denúncias de que nem todos os criadores foram ressarcidos. Nilton Júnior confirmou que dois proprietários ainda não chegaram a um acordo e que pediram valores considerados “fora do padrão”.
“Indenizamos os donos conforme os critérios de avaliação de mercado. Esses dois casos não avançaram porque os valores solicitados incluíam custos com a compra de novos animais, o que foge ao razoável. Isso será discutido judicialmente”, declarou o empresário.
Fonte: AM POST
