O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se posicionou nesta quinta-feira (11) sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Trump, a decisão da Corte brasileira foi “surpreendente” e o fez lembrar de situações que ele próprio enfrentou na Justiça norte-americana.
“Eu o conheci como presidente do Brasil e posso dizer que é um bom homem. Fico muito surpreso com essa condenação. Isso me lembra bastante do que tentaram fazer comigo aqui, mas não tiveram sucesso”, declarou Trump, antes de embarcar para Nova York, onde irá assistir a um jogo de beisebol.
A Primeira Turma do STF concluiu nesta quinta-feira os votos que resultaram na condenação de Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado. O resultado oficial, com definição das penas, deve ser conhecido nesta sexta-feira (12).
Além de Bolsonaro, foram considerados culpados Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Entre os crimes apontados estão tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, organização criminosa e dano contra patrimônio da União.
Relações tensas entre EUA e Brasil
Nos últimos meses, Trump já havia endurecido o discurso contra o governo brasileiro. Em julho, ele anunciou tarifas de 50% sobre importações vindas do Brasil, justificando em parte a decisão como uma resposta à “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Também determinou abertura de investigação sobre supostas práticas comerciais desleais.
Na terça-feira (9), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, chegou a declarar que Washington poderia “usar meios militares” para proteger a liberdade de expressão no mundo, citando o julgamento do ex-presidente brasileiro.
O Itamaraty reagiu em nota, sem mencionar diretamente os EUA, rejeitando o uso de sanções ou ameaças militares como forma de interferência na democracia nacional.
Com a decisão do STF, resta agora a definição da dosimetria das penas, etapa que deve selar o tamanho das punições impostas aos condenados.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
