Imagens de vídeo revelam novos detalhes sobre o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande, litoral sul paulista. O crime, que tem como principal suspeita a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi registrado por câmeras que mostram o carro do ex-delegado capotado ao lado de um ônibus e os criminosos atirando diversas vezes contra o veículo.
Fontes chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O carro usado pelos autores da execução foi localizado horas depois, incendiado, o que indica uma possível tentativa de eliminar provas. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o ataque foi uma possível retaliação do PCC, facção com a qual o ex-delegado teve confrontos diretos ao longo da carreira.
Nos anos 2000, Ruy chefiou a Delegacia de Roubo a Bancos do DEIC e foi um dos primeiros investigadores a atuar contra o PCC. Em 2019, o Ministério Público de São Paulo revelou que ele havia sido jurado de morte pela facção, após atuar na transferência do líder do grupo, Marcola, para um presídio federal. Autoridades acreditam que a emboscada foi cuidadosamente planejada como parte dessa vingança.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, anunciou o envio de mais de 100 policiais ao litoral para reforçar as investigações, que seguem sob sigilo. A polícia trabalha para identificar os envolvidos na execução e esclarecer todos os detalhes do crime.
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