AMAZONAS REGISTRA MENOR NÚMERO DE FOCOS DE CALOR EM OUTUBRO EM MAIS DE UMA DÉCADA

(Foto:: Henrique Almeida/Ipaam)

Manaus (AM) – O Amazonas registrou uma redução histórica nos focos de calor no mês de outubro de 2025. De acordo com dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), monitorados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), foram contabilizados 874 alertas no período.

O número representa uma queda expressiva de 65,81% em comparação com outubro do ano anterior, quando foram registrados 2.557 focos. Este é o menor patamar para o mês de outubro em mais de uma década.

A tendência de queda se mantém ao longo do ano. No acumulado de janeiro a outubro de 2025, o estado totalizou 4.156 focos de calor, uma redução de 83,15% frente aos 24.671 alertas contabilizados no mesmo período de 2024. Este é o menor número para o período no estado desde 2019.

Trabalho Integrado como Chave do Sucesso

De acordo com o Governo do Amazonas, a redução expressiva é resultado direto de uma estratégia integrada de prevenção, monitoramento contínuo e combate às queimadas, envolvendo órgãos estaduais como a Sema, o Ipaam e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMAM).

Gustavo Picanço, diretor-presidente do Ipaam, destacou a atuação coordenada.

“O Governo do Amazonas, por meio da Sema, do Ipaam e de outros órgãos parceiros, tem atuado de forma coordenada para enfrentar as queimadas e sensibilizar a população sobre os impactos ambientais e à saúde. Essa união de esforços tem sido fundamental para reduzir os focos de calor e proteger nossas florestas”, afirmou.

Eduardo Taveira, secretário de Estado do Meio Ambiente, reforçou que os números consolidam uma nova trajetória na gestão ambiental.

“Essa queda expressiva prova que o planejamento, o uso da tecnologia e o trabalho em conjunto com os órgãos de governo e as forças de segurança estão fazendo a diferença. A gente vai focar em manter essa curva de redução e fortalecer as ações de enfrentamento ao desmatamento e às queimadas em todo o estado”, declarou Taveira.

Monitoramento de Precisão e Municípios Críticos

O trabalho técnico do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP) do Ipaam tem sido fundamental para o resultado. A coordenadora do centro, Priscila Carvalho, explicou que o monitoramento é diário, utilizando imagens de satélite e cruzamento de dados geográficos.

“Isso permite identificar as áreas mais críticas e subsidiar as estratégias de prevenção e resposta do Governo do Amazonas”, disse.

Essa eficiência no direcionamento das ações pode ser observada na análise dos municípios com maiores registros. Em outubro de 2025, Lábrea liderou com 127 ocorrências, seguida por Humaitá (83) e Nhamundá (59).

Embora ainda figurem na lista, os números representam uma melhora significativa em comparação com outubro de 2024, quando Apuí (228), Lábrea (227) e Boca do Acre (210) apresentaram os índices mais altos, evidenciando uma diminuição nas áreas historicamente mais críticas.

Sobre o CMAAP

Vinculado ao Ipaam, o Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas é a unidade técnica responsável por coletar, processar, analisar e divulgar informações geoespaciais sobre o meio ambiente no estado. As análises do centro, que abrangem desmatamento, queimadas e o status de áreas protegidas, servem de base para todas as ações de fiscalização, prevenção e controle ambiental no Amazonas.

Com informações da Assessoria*

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