Brasília (DF) – O governo federal revisou neste domingo (30) para baixo a projeção do salário mínimo para 2026. O novo valor estimado é de R$ 1.627, um ajuste em relação à previsão anterior de R$ 1.631. A atualização foi enviada pelo Ministério do Planejamento ao Congresso Nacional como parte da documentação que fundamenta a análise da proposta orçamentária do próximo ano.
A mudança está diretamente ligada ao comportamento da inflação, um dos componentes centrais da fórmula de correção do piso salarial.
Com os preços subindo menos do que o inicialmente projetado, a expectativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2025 também fique abaixo da estimativa anterior, o que automaticamente reduz o valor projetado para o reajuste.
Caso a nova projeção se confirme, o salário mínimo de 2026 terá um aumento de aproximadamente 7,18% em relação ao valor vigente de R$ 1.518. O valor definitivo, no entanto, só será conhecido após a divulgação oficial do INPC, calculado para os 12 meses encerrados em novembro.
Como funciona o reajuste
A correção do salário mínimo segue uma regra estabelecida pelo arcabouço fiscal. A fórmula considera a inflação acumulada medida pelo INPC, mais a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
No entanto, esse aumento fica limitado a um teto de 2,5% acima da inflação.
Impacto no Orçamento
O salário mínimo é um indexador fundamental para diversas despesas da União, como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e abono salarial.
Apesar da revisão para baixo na projeção, o Ministério do Planejamento não solicitou cortes diretos nessas despesas em sua comunicação ao Congresso.
Em nota, a pasta explicou que “a projeção menor tende a reduzir despesas com benefícios, mas a atualização depende de outros fatores, como a variação da base de beneficiários”.
A decisão final sobre eventuais ajustes orçamentários caberá aos parlamentares durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
A proposta atualizada foi encaminhada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho.
As discussões sobre o Orçamento devem se intensificar nas próximas semanas, com a previsão de votação do PLOA até 22 de dezembro, antes do recesso parlamentar.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
