O curta-metragem de ficção “Amamentação O Sonho de Camila” surge com uma narrativa cinematográfica pra dar voz às experiências de uma mulher trans em busca da maternidade. Com roteiro e direção de Taly Nayandra, o filme confronta preconceitos e convida o público à empatia e acolhimento com os desafios enfrentado pela protagonista, para realização do seu sonho.
Protagonizada pela atriz Nicka, que interpreta Camila com intensidade e delicadeza, a história acompanha a personagem em seu sonho de ser mãe ao lado de Marcelo, interpretado por Aizen, um homem trans com quem compartilha esse amor e desejo. Juntos, enfrentam barreiras sociais, emocionais e políticas, como a transfobia em consultórios médicos até julgamentos cotidianos. A narrativa também é ambientada em um contexto de enfrentamento, mas principalmente de ternura, destacando a importância de histórias como a de Camila, que ainda são tão silenciadas em nosso país.
Mais do que um filme, “Amamentação – O Sonho de Camila” é uma obra da sétima arte que aborda com potência e sutileza a legitimidade da maternidade trans, os direitos da população LGBTQIA+, e a força do afeto e amor. Com cenas que alternam entre dor e esperança, o curta celebra a diversidade das famílias e questiona: quem tem o direito de definir o que é ser mãe, pai e família?
Contemplado através de recursos destinados a área audiovisual na Lei Paulo Gustavo Amazonas, este projeto reafirma o papel do cinema como ferramenta de transformação social. “Queremos que o público sinta e reconheça, que aceite que todas às formas e sonhos de amor são legítimas, existentes e diversas. Que esta obra, curta, mas muito potente, seja insurgente para o audiovisual amazonense, pois é uma história que perpassa os estereótipos e estigmas em que mulheres e homens trans são simbolizados em grande parte das obras cinematográficas. Camila, a protagonista, é uma mulher trans bem sucedida, realizada, que conquistou quase todas os seus sonhos, menos o de ser mãe e ela vai em busca de realiza-lo ao lado do seu companheiro. Essa ficção não é somente sobre os constantes enfrentamentos e embates que população LGBTQIA+ atravessa cotidianamente para [re]existir, mas ela é sobretudo sobre amor, beleza, aspirações, desejos, esperança, é sobre sentir, por isso ela é tão necessária de ser contada”, afirma Taly Nayandra.
LOCAL: Centro Cultural dos Povos da Amazônia.
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