O Amazonas está entre os oito estados brasileiros que apresentaram aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (25). Os dados se referem à semana epidemiológica 38, de 14 a 20 de setembro.
O levantamento indica que o crescimento tem relação direta com a circulação do rinovírus, principalmente em crianças e adolescentes de até 14 anos. Já o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) contribuiu para o avanço entre bebês de até 2 anos, embora com sinais de desaceleração no estado.
Em Manaus, o boletim aponta que a situação está em nível de alerta nas últimas duas semanas, com tendência de crescimento no longo prazo.
Números no Amazonas
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), entre 1º de janeiro e 20 de setembro foram notificados 4.020 casos de SRAG. Desse total, 1.364 tiveram confirmação para vírus respiratórios.
No mesmo período, foram registradas 58 mortes:
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Covid-19: 25 óbitos
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Influenza A: 22 óbitos
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Rinovírus: 5 óbitos
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Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 3 óbitos
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Influenza B: 2 óbitos
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Parainfluenza: 1 óbito
Nas últimas três semanas, os bebês foram os mais afetados: menores de 1 ano (44%), seguidos por crianças de 1 a 4 anos (38%) e de 5 a 9 anos (9%). Outras faixas etárias somaram: 10 a 19 anos (4%), idosos com 60 anos ou mais (4%) e adultos de 40 a 59 anos (3%).
Vírus mais identificados
Entre as amostras analisadas pelo Lacen-AM, os vírus mais presentes foram:
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Rinovírus: 51,3%
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Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 37,7%
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Adenovírus: 12,1%
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Coronavírus SARS-CoV-2: 8,8%