O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será submetido nesta segunda-feira (29) a mais um procedimento médico para tratar uma crise intensa e contínua de soluços. A intervenção será a décima desde o atentado sofrido em 2018 e ocorre enquanto o ex-mandatário se recupera de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, realizada no dia de Natal.
De acordo com boletim médico, o procedimento consiste em um bloqueio anestésico do nervo frênico, técnica utilizada para interromper o estímulo nervoso responsável pelos espasmos involuntários do diafragma.
Apesar de não ter relação direta com a cirurgia da hérnia, a crise de soluços tem provocado cansaço, prejudicado o descanso e impactado negativamente o processo de recuperação, o que levou a equipe médica a adotar a medida.
Bloqueio Anestésico
No último sábado (27), Bolsonaro já havia passado por um bloqueio anestésico do nervo frênico do lado direito. Após 48 horas de observação clínica, os médicos decidiram realizar o mesmo procedimento no lado esquerdo, na tentativa de controlar de forma mais eficaz os episódios persistentes.
Segundo o cirurgião-geral Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento do ex-presidente, o objetivo da intervenção é promover a anestesia temporária do nervo. Ele explicou que, em casos raros, pode haver dificuldade respiratória, situação que exigiria suporte ventilatório artificial até o fim do efeito do anestésico.
Embora seja considerado um procedimento invasivo, o bloqueio do nervo frênico é avaliado pela equipe médica como seguro. Ainda assim, não há previsão exata para a alta hospitalar.
A expectativa, conforme os médicos, é que Bolsonaro possa deixar o hospital em até sete dias, dependendo da evolução clínica e da capacidade de retomar atividades básicas, como banho e autocuidado.
Bolsonaro permanece internado sob acompanhamento médico rigoroso, conforme determinações judiciais, mesmo após ter recebido alta hospitalar para o pós-operatório.
Cirurgia de hérnia
Na manhã da última quinta-feira (25), dia de Natal, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral. Segundo a equipe médica, o procedimento transcorreu dentro do previsto e sem intercorrências. A cirurgia teve início por volta das 9h30 e durou cerca de quatro horas.
A intervenção foi autorizada na segunda-feira (23) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os médicos optaram por um procedimento convencional, com correção das hérnias e reforço da região afetada com o uso de tela de polipropileno.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
