Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) pela Genial Investimentos revelou que a ampla maioria dos brasileiros defende a união entre governo e oposição em torno da defesa do país, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciar tarifa de 50% contra produtos brasileiros. Segundo o levantamento, 84% dos entrevistados afirmaram que governistas e oposicionistas deveriam atuar juntos em questões nacionais, enquanto apenas 9% se posicionaram contra essa união. Outros 2% disseram ser indiferentes e 5% não souberam ou preferiram não responder.
O resultado indica que, apesar das disputas políticas, existe forte expectativa popular por um pacto mínimo de diálogo em prol do Brasil. A pesquisa reforça o clima de cobrança por responsabilidade institucional e pode pressionar partidos e líderes de diferentes espectros a adotarem posturas menos conflituosas em pautas que envolvam diretamente os interesses nacionais.
Governo e oposição
A decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros tem gerado reações divergentes entre governo e oposição. Enquanto o governo federal, liderado por Lula (PT) e com articulação do vice-presidente Geraldo Alckmin no MDIC, busca diálogo para tentar reverter a medida sem adotar retaliações imediatas, parte da oposição defende uma postura mais dura, com resposta proporcional ao aumento tarifário norte-americano. Parlamentares aliados ao Planalto argumentam que um enfrentamento direto poderia prejudicar ainda mais as exportações brasileiras.
No Congresso Nacional, o Senado aprovou a criação de uma comissão temporária externa para atuar diplomaticamente junto ao Congresso dos Estados Unidos e tentar reverter a decisão de Donald Trump. O grupo, formado por quatro senadores e articulado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelsinho Trad (PSD-MS), viajará a Washington entre os dias 29 e 31 de julho. Enquanto senadores governistas e independentes veem a comissão como uma oportunidade de diálogo construtivo, parlamentares da oposição criticam a medida, classificando-a como tardia ou insuficiente, e cobram do governo federal ações mais firmes para proteger a economia brasileira.
*Fonte: Portal Tucumã
