Os pilotos que participaram do ataque a três instalações nucleares iranianas no sábado (21) relataram que as explosões provocadas pelas bombas antibunker foram as mais intensas que já presenciaram. Segundo o tenente-general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, os militares afirmaram que o brilho das detonações era comparável à luz do dia.
A operação, batizada de “Martelo da Meia-Noite”, foi detalhada por Caine em entrevista à imprensa na quinta-feira (26).
Sete bombardeiros B-2 da Força Aérea dos EUA participaram da missão, além de 118 caças e aviões de reabastecimento. Cinco bombas do tipo MOP (Massive Ordnance Penetrator), com mais de 13 toneladas, foram lançadas contra a usina subterrânea de Fordow, centro estratégico do programa de enriquecimento de urânio iraniano. Outras nove bombas foram lançadas sobre as instalações de Natanz e Isfahan.
Segundo Caine, as bombas foram projetadas para penetrar o solo antes de explodir, o que explica a ausência de grandes crateras visíveis na superfície. Imagens de satélite divulgadas após o ataque mostram pontos de impacto na montanha acima da instalação.
A missão contou com pilotos de diferentes patentes, de capitão a coronel, muitos deles formados na escola de armas da Força Aérea em Nevada. “Declaro, para constar, que não há vôlei de praia nem futebol americano na escola de armas da Força Aérea”, acrescentou, fazendo uma referência ao filme “Top Gun”.
Caine relatou que conversou com os pilotos após o retorno da missão. Ele descreveu um ambiente de “grande mobilização técnica e operacional”. As famílias dos militares só foram informadas do ataque depois que os aviões já estavam em operação.
“Parecia o Super Bowl, com milhares de cientistas, aviadores e técnicos de manutenção se reunindo”, comentou. “Uma última história sobre pessoas. Quando as equipes foram trabalhar na sexta-feira, deram um beijo de despedida em seus entes queridos, sem saber quando ou se eles voltariam para casa.”
O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, também participou da coletiva. Ao ser questionado sobre ter parabenizado os “meninos” da missão, respondeu que tem orgulho de todos os envolvidos, sem distinção de gênero, e disse que o foco deve permanecer na operação realizada.
Fonte: R7