Um casal foi acusado de homicídio culposo após sua filha de 10 anos morrer presa na estrutura de metal da própria cama em Minnesota, nos Estados Unidos. A criança, que era autista, precisava de supervisão constante, mas foi deixada sozinha em casa.
Os responsáveis disseram que a menina ficou sozinha por poucas horas. No entanto, as investigações mostraram que a perna dela estava rígida, indicando que a morte havia ocorrido há mais tempo do que os pais relataram.
Segundo os investigadores, o quarto da menina estava em condições insalubres, com odor de fezes e urina. As autoridades também observaram que a cama de segurança estava danificada, o que teria contribuído para o acidente.
Os pais alegaram que verificavam a filha a cada duas horas. A mãe da vítima, Heather Cross, de 49 anos, também disse que o cheiro de fezes era comum, pois suas duas filhas tinham distúrbios do sono e não levantavam para ir ao banheiro.
O pai, Darcy Cross, de 57 anos, contou que saiu para cortar a grama ao meio-dia e retornou às 16h30, quando encontrou a filha morta, com a cabeça presa na estrutura da cama. Apesar dos relatos dos pais, os investigadores acreditam que a criança foi deixada sem supervisão por cerca de 12 horas.
Outro ponto contraditório na versão dos responsáveis foi quando Heather disse às autoridades que nunca tinha visto as falhas na estrutura. Mensagens de texto apresentadas durante a investigação mostram que a mulher havia avisado Darcy sobre a cama quebrada dois dias antes do acidente.
A cama foi reconstruída depois de um mandado de busca, mostrando que os quatro “postes” de metal, que deveriam estar presos em uma placa, estavam quebrados. Dessa forma, uma gaiola de metal acabou ficando solta, fazendo com que a criança prendesse a cabeça. Um técnico do fornecedor de camas disse que o casal comprou peças de reposição, mas negou assistência da empresa.
Heather Cross e Darcy Cross devem retornar ao tribunal em 1º de outubro, e a outra filha da família foi colocada sob custódia protetora.
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