Parlamentar cobra providências diante de obras paralisadas, escolas interditadas e atraso no pagamento das datas-base da educação
A deputada estadual Mayra Dias (Avante) denunciou, nesta quarta-feira (27/08), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a grave situação estrutural das escolas estaduais. Segundo ela, alunos, professores e servidores convivem diariamente em prédios inseguros e sem condições adequadas de ensino.
De acordo com a parlamentar, existem 92 obras escolares paralisadas, inacabadas ou canceladas, e mais de 400 unidades apresentam problemas de saneamento. O quadro já motivou fiscalizações do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público. “É inadmissível que crianças e jovens estudem em prédios que oferecem riscos à vida”, afirmou.
Mayra citou como exemplo o Colégio Amazonense Dom Pedro II, em Manaus, que está sem reformas há 16 anos, com infiltrações, rachaduras e risco de incêndio, além da Escola Estadual Aristóteles Conte de Alencar, no bairro Coroado, interditada por risco iminente de desabamento.
No interior, a deputada destacou a Escola Estadual Tereza Lemos, em Atalaia do Norte, onde o Ministério Público apontou risco elétrico, banheiros insalubres e refeitório precário, situação que levou à suspensão das aulas. Para ela, a realidade demonstra que a educação não tem sido prioridade e que garantir um ambiente escolar seguro e digno é obrigação do Estado.
Mayra também cobrou a valorização dos profissionais da educação. Segundo a parlamentar, até hoje não há definição sobre o pagamento das datas-base de 2022 e 2023, direito garantido em lei e aguardado pela categoria.
Encerrando o pronunciamento, reafirmou o compromisso de continuar pressionando o Governo do Estado. “Irei manter minhas cobranças até que cada escola do Amazonas ofereça condições dignas e seguras, e quando cada professor for devidamente valorizado”, concluiu.
Fotos: Tadeu Rocha/Nathalie Brasil
Assessoria de Comunicação Mayra Dias