O presidente Lula (PT) e o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, confirmaram para este domingo (26) uma reunião que pode ser crucial para destravar uma das maiores crises recentes nas relações entre os dois países. O encontro ocorrerá em Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde ambos participam da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Na madrugada deste sábado (25), Lula afirmou a jornalistas, em frente ao hotel da delegação brasileira, que espera que o encontro aconteça e que está à disposição para encontrar uma solução para os impasses.
“Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Então, pode ficar certo que vai ter uma solução”, disse Lula.
Horas antes, a bordo do Air Force One a caminho da Malásia, Trump se encontrou com jornalistas e deu sinais abertos pela primeira vez sobre a possibilidade de recuar no aumento de 50% das tarifas de importação de produtos brasileiros, imposto no início de agosto.
No entanto, o líder americano também confirmou o encontro com Lula, mencionando que os dois devem se ver brevemente.
Questões que devem ser abordadas
De acordo com fontes próximas ao governo brasileiro, a pauta do encontro vai além da questão comercial e inclui temas como:
- Sanções a Autoridades Brasileiras: Um dos pontos mais sensíveis é a imposição de sanções dos EUA, pela Lei Magnitsky, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e a revogação de vistos de outros sete ministros da Corte. O Planalto vê as medidas como uma ingerência inaceitável na soberania nacional e na autonomia do Judiciário brasileiro.
- Aumento de Tarifas (“Tarifaço”): O aumento de 50% nas tarifas sobre exportações brasileiras para os EUA impactou diretamente o setor produtivo do Brasil.
- Situação no Caribe e na Venezuela: A crise política e humanitária na Venezuela e as ações militares na região do Caribe são uma preocupação para o Brasil devido à proximidade geográfica.
O encontro está previsto para ocorrer entre 17h e 18h de domingo (26) no horário local de Kuala Lumpur (6h e 7h de Brasília).
Com informações da Agência Brasil*
