O projeto de criação do corredor ferroviário Atlântico-Pacífico, defendido pelo governo federal como prioridade nos próximos cinco anos, deve impactar positivamente o transporte de cabotagem no Brasil, especialmente na região Norte. A avaliação é de Luís Rosano, diretor-executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac).
As Rotas 1, 2 e 3 são importantes para o Amazonas, e devem sair do papel nos próximos cinco anos como corredores para conectar o Brasil, Bolívia, Chile e Peru. Segundo Rosano, a expectativa é de que esses projetos ampliem as possibilidades logísticas no país sem prejudicar o modal marítimo.
“Para a cabotagem, aparentemente, só deverá aumentar [a demanda], pois será outro ponto de entrada de cargas que depois demandarão a cabotagem”, explicou.

Questionado se a nova rota de exportação poderia reduzir a utilização do transporte por cabotagem, Rosano foi direto: “Não acredito”. Para ele, há potencial de integração entre os modais. “O transporte multimodal deve ser potencializado”, disse.
Mesmo com grandes projetos interoceânicos em andamento, Rosano reforça a competitividade da cabotagem, sobretudo no atendimento às demandas da Zona Franca de Manaus. “A cabotagem atende o mercado doméstico e, aumentando os pontos de entrada de cargas, pode aumentar a demanda”, concluiu.
*Fonte: Portal Tucumã