Núcleo do hospital universitário é referência nacional no atendimento remoto a povos indígenas e gestantes de alto risco
Manaus (AM) – O Hospital Universitário Getúlio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ufam), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), apresentou experiências pioneiras em telessaúde desenvolvidas na Amazônia durante o XII Congresso Brasileiro de Telessaúde e Saúde Digital, realizado nos dias 16 e 17 de outubro, no Rio de Janeiro. A equipe da instituição participou de mesas, exposições e do lançamento do livro Telessaúde no SUS, que reúne iniciativas de todo o país.
A gerente de Atenção à Saúde e vice-coordenadora do Programa de Telessaúde do HUGV-Ufam/Ebserh, Tatiane Lima Aguiar, destacou que o núcleo que atua no hospital é referência para o atendimento aos povos indígenas no Amazonas, em articulação com os Distritos de Saúde Indígena (DSEIs). “Desta forma, o hospital torna-se um ponto focal para a assistência tempestiva destas comunidades remotas”, explicou.
Segundo a gestora, o congresso foi uma oportunidade para divulgar os resultados das ações desenvolvidas na região e fortalecer redes de colaboração com instituições de todo o país. “Nosso núcleo participou com a autoria de um capítulo do livro Telessaúde no SUS, lançado no congresso. Além disso, houve a possibilidade de networking com
outros centros de Telessaúde e interlocução com os técnicos do Ministério da Saúde na área”, acrescentou.
O envolvimento reforçou o protagonismo do hospital universitário em soluções de saúde digital aplicadas a contextos desafiadores, como o atendimento remoto a comunidades indígenas e gestantes em áreas de difícil acesso.
Referência nacional
O Núcleo de Telessaúde e Saúde Digital do HUGV atua em múltiplas frentes, como tele-educação, formação de alunos da Ufam e o Projeto de Telemonitoramento de Pré-Natal de Alto Risco em Áreas Remotas do Amazonas (Telepnar) – uma iniciativa conjunta com o Ministério da Saúde que se tornou referência nacional.
Tatiane Aguiar ressalta que a telessaúde vem se consolidando como uma ferramenta estratégica para ampliar o acesso ao cuidado no país. “Existem cursos de capacitação na área, abertos a profissionais de nível superior. Isso permite a qualificação de pessoal para atuar nesse campo, um dos desafios para que essa atividade ganhe um grau de maturidade compatível com sua importância. A capacitação dos profissionais e a infraestrutura de equipamentos de comunicação, como a conexão estável de internet, são pontos que ainda demandam atenção”, explicou.
Além dela, participaram do congresso a coordenadora do Programa de Telessaúde, Celsa Moura; o gerente de campo do projeto, Pedro Elias; a chefe da Divisão de Gestão do Cuidado e Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUGV-Ufam, Valdelanda de Paula; e a chefe da Unidade de Imagem do hospital, Monira Mesquita.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação
