O Ministério da Saúde deu um importante passo na ampliação do planejamento reprodutivo no Sistema Único de Saúde (SUS) com a chegada, na última sexta-feira (19), do primeiro lote do implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, conhecido como Implanon.
O ministro Alexandre Padilha acompanhou a entrega de mais de 100 mil unidades do dispositivo no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Além dos implantes, o país recebeu 100 kits de treinamento para capacitar os profissionais de saúde que serão responsáveis pela inserção do método.
O novo contraceptivo é considerado uma revolução para prevenir a gravidez não planejada devido à sua alta eficácia e longa duração, podendo atuar no organismo da mulher por até três anos sem necessidade de intervenções.
“Uma novidade que chega ao SUS é a introdução desse medicamento que previne a gravidez, uma revolução que vai garantir acesso gratuito às mulheres de uma medicação que costuma custar muito caro no serviço privado”, afirmou Padilha.
Distribuição

A previsão é que a distribuição dos implantes para todos os estados e o Distrito Federal tenha início em outubro deste ano. Terão prioridade no recebimento as localidades com os maiores índices de vulnerabilidade social e de gravidez na adolescência.
“Todas as nossas adolescentes e mulheres em idade fértil, de 15 a 49 anos, vão poder buscar mais essa opção de saúde sexual e reprodutiva nas unidades”, reforçou Ana Luiza Caldas, secretária de atenção primária à saúde do Ministério da Saúde.
Até 2026, a pasta estima distribuir 1,8 milhão de dispositivos, com um investimento total de aproximadamente R$ 224 milhões.
Desse total, 500 mil unidades devem ser entregues ainda em 2025.
Sobre o Método
O Implanon é um pequeno bastão flexível, inserido sob a pele no braço da mulher em um procedimento rápido. Sua principal vantagem é ser classificado como um Contraceptivo Reversível de Longa Duração (LARC, na sigla em inglês).
Assim como o DIU de cobre, que já é oferecido pelo SUS, os LARCs são altamente eficazes porque não dependem da adesão diária ou mensal da usuária.
Após três anos, o implante deve ser removido. Se a mulher desejar, um novo pode ser inserido imediatamente pelo SUS. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Com informações do Ministério da Saúde*