As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram, no domingo (19), a retomada do cessar-fogo na Faixa de Gaza, horas após lançar uma série de ataques aéreos em resposta ao que classificaram como uma “violação flagrante” do acordo pelo Hamas.
Em um comunicado oficial, o exército israelense afirmou que, de acordo com a diretriz do escalão político, e após uma série de ataques significativos em resposta às violações do Hamas, as IDF iniciaram a aplicação renovada do cessar-fogo.
O texto ainda ressaltou que as forças israelenses continuarão a defender o acordo e responderão firmemente a qualquer violação.

A decisão ocorreu após um dia de intensa violência. As IDF relataram que o Hamas disparou um míssil antitanque e efetuou tiros de sniper contra tropas israelenses na região de Rafah, no sul de Gaza, resultando na morte de dois soldados: o major Yaniv Kula, de 26 anos, e o sargento Itay Yavetz.
Esta foi a primeira morte de tropas israelenses em Gaza desde o início do cessar-fogo.
Resposta Israeliana e Baixas Palestinas
Em resposta ao ataque, as IDF conduziram uma operação de larga escala contra alvos do Hamas. Segundo o comunicado militar, foram atingidos dezenas de alvos terroristas, incluindo depósitos de armas, postos de disparo, células terroristas e aproximadamente 6 km de infraestrutura subterrânea, utilizando mais de 120 munições.
Autoridades de saúde palestinas relataram que os bombardeios resultaram em pelo menos 44 mortos em várias regiões da Faixa de Gaza.
A Defesa Civil local informou que seis das vítimas foram mortas quando um ataque atingiu um grupo de civis no norte do território. Cenas de pânico se espalharam, com hospitais, como o al-Aqsa, recebendo um fluxo de feridos.
Acusações Mútuas e Negação do Hamas
O Hamas e seu braço armado, as Brigadas Al-Qassam, negaram qualquer envolvimento nos incidentes em Rafah. Em comunicado, afirmaram não ter conhecimento de quaisquer eventos ou confrontos na área e reafirmaram seu compromisso com a trégua “em todas as áreas da Faixa de Gaza”.
A situação se complica com a ação de milícias locais. O Hamas informou que sua força interna de segurança estava atacando um esconderijo de uma milícia apoiada por Israel, fato confirmado por Tel Aviv em junho, como parte de uma estratégia para combater o grupo islamista.
Especialistas apontam que essas milícias operam a partir de áreas ocupadas por Israel em Gaza, de onde partem para realizar ataques.
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*FONTE: PORTAL TUCUMÃ