JUSTIÇA MANTÉM PAGAMENTO EM DINHEIRO NOS ÔNIBUS DE MANAUS POR MAIS 90 DIAS

A Justiça decidiu que os passageiros de Manaus poderão continuar pagando a passagem de ônibus em dinheiro. A decisão foi tomada pelo juiz Ronnie Stone, da 1ª Vara da Fazenda Pública, no dia 2 de julho.

O caso envolve um acordo assinado em 2019 entre o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), o Ministério Público do Amazonas (MPAM) e o Estado, que previa a implantação obrigatória do pagamento eletrônico nos coletivos da capital. No entanto, o MP reconheceu que essa mudança precisa ser melhor analisada, pois pode impactar empregos, como o dos cobradores, e afetar passageiros que ainda não usam cartão ou aplicativo.

Por isso, o juiz suspendeu a cláusula do acordo que obrigava a troca imediata para pagamento eletrônico e restabeleceu a possibilidade de pagamento em dinheiro. Além disso, o processo ficará suspenso por 90 dias, até que o Estado do Amazonas seja oficialmente comunicado e as questões sejam discutidas com mais profundidade.

“A medida ajustada extrajudicialmente parece ter ignorado outros impactos igualmente relevantes da medida. Um deles, a repercussão da medida sobre os empregos gerados pela existência da função de cobradores dentro dos coletivos urbanos; o outro, um cronograma de divulgação e esclarecimento para preparação a população manauara para a mudança na forma de aquisição e pagamento de passagens para os coletivos urbanos”, disse o magistrado na decisão.

Greve suspensa

Nesta quinta-feira (3), o Sindicato dos Rodoviários anunciou a suspensão da greve que estava prevista para começar nesta sexta-feira (4) em Manaus. A decisão foi confirmada pelo presidente do sindicato, Givancir Oliveira, após as principais reivindicações da categoria serem atendidas. Esta é a segunda indicação de greve em menos de um mês.

De acordo com Givancir, os trabalhadores reivindicavam principalmente a continuidade do pagamento em dinheiro nas catracas dos ônibus e a suspensão de demissões de cobradores, diante da proposta das empresas de ampliarem a frota com 50% dos veículos operando sem esse profissional.

 

*Fonte: Portal Tucumã

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