LAUDO CONFIRMA QUE CAVALO AINDA ESTAVA VIVO QUANDO TEVE AS PATAS DECEPADAS

A Polícia Civil de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira (27), que o cavalo mutilado durante uma cavalgada em Bananal, no interior do estado, sofreu os cortes ainda com vida. O laudo pericial apontou a presença de hematomas compatíveis apenas com um animal em atividade fisiológica, descartando a versão de que o cavalo já estaria morto no momento das agressões.

Segundo a veterinária Luana Gesualdi, responsável pela análise, a ausência de sangue no local do crime foi consequência do estado crítico em que o animal se encontrava. “O cavalo estava em exaustão extrema. Nesse quadro, a pressão sanguínea cai e os pulsos ficam muito baixos, o que explica a pouca quantidade de sangue visível”, detalhou.

O caso ocorreu no dia 16 de agosto, quando o tutor do animal, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, usou um facão para decepar as patas e atingir o abdômen do cavalo, após ele cair por cansaço durante uma cavalgada de cerca de 14 km. O suspeito alegou estar embriagado e disse acreditar que o animal já estivesse morto. Ele afirmou ainda que pretendia facilitar a remoção do corpo em uma área de difícil acesso.

Andrey foi ouvido pela polícia dois dias após o crime e liberado. O inquérito foi encaminhado à Justiça em 22 de agosto, que avaliará a responsabilização do jovem com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998). A legislação prevê pena de três meses a um ano de detenção, além de multa, para casos de maus-tratos contra animais, com aumento se resultar em morte.

A Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) divulgou nota de repúdio e solicitou ao Ministério Público de São Paulo providências para que o investigado responda não apenas por maus-tratos, mas também por crimes ambientais e demais qualificações cabíveis.

O caso segue em apuração e gera forte comoção entre entidades de defesa animal e moradores da região.

 

*FONTE: PORTAL TUCUMÃ

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