Nesta terça-feira (27), a capital amazonense despertou coberta por uma densa camada de fumaça. Os recordes de queimadas em diversas áreas do estado do Amazonas têm piorado significativamente a qualidade do ar. Em Manaus, vários bairros, especialmente na zona Sul, apresentaram condições de ar ‘péssimas’.
Segundo o aplicativo Selva, a qualidade do ar no bairro Morro da Liberdade, na zona Sul, registrava 135,7 PM2.5 (µg/m³). No mesmo setor, o bairro Colônia Oliveira Machado mostrava 129,5 PM2.5 (µg/m³).
Dados do programa ‘Queimadas’, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que foram registrados 659 focos de incêndio em todo o Estado do Amazonas entre segunda-feira (26) e terça-feira (27).
De acordo com o gráfico, o município de Apuí, localizado a 453 quilômetros ao sul de Manaus, concentra a maior parte dos focos de incêndio, com 142 pontos.
Para que o ar seja considerado de boa qualidade, sua medição deve ficar entre 0 e 25 micrômetros por metro cúbico, conforme o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) da Universidade do Estado do Amazonas.
Além das ações de combate aos incêndios em várias regiões do país, é essencial que a população receba orientações sobre como se proteger e minimizar a exposição a poluentes, fumaça intensa e neblina geradas pelo fogo.
O Ministério da Saúde recomenda aumentar a ingestão de água e outros líquidos para manter as membranas respiratórias hidratadas e, assim, mais protegidas. É importante reduzir ao máximo o tempo de exposição, permanecendo em locais bem ventilados dentro de casa, preferencialmente com ar condicionado ou purificadores de ar.
Para diminuir a entrada de poluição externa, durante períodos de alta concentração de partículas, é aconselhável manter portas e janelas fechadas. Além disso, atividades físicas devem ser evitadas em momentos de alta concentração de poluentes, especialmente entre meio-dia e 16h, quando os níveis de ozônio são mais elevados.
