(Foto: Paulo Bindá)
Nesta quarta-feira (14), o prefeito David Almeida inaugurou a 2ª Estação Meteorológica da cidade, instalada na sede do Distrito de Micro e Pequenas Empresas (Dimicro), no Distrito Industrial 2. A primeira foi implantada em abril, na sede da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), na zona Oeste.
As estações fazem parte de um sistema de monitoramento climático, que prevê nove unidades distribuídas em pontos estratégicos de Manaus.Segundo Almeida, o objetivo é “monitorar o clima, prever desastres e transformar Manaus em uma cidade resiliente às mudanças climáticas”. A leitura dos dados será feita pela Defesa Civil, com foco em antecipar e mitigar riscos à população.
(Foto: Paulo Bindá)
Durante o evento, o prefeito destacou outras iniciativas da gestão municipal, como a implantação de placas em áreas de risco, construção de sete planos estratégicos, incluindo o Plano Municipal de Mudanças Climáticas e a transição da frota da prefeitura para veículos elétricos.
“Estamos preparando Manaus para o futuro. Vamos disponibilizar informações meteorológicas em tempo real para a população, e isso também será útil em eventos como a COP30, em novembro, em Belém”, afirmou.
Um dos destaques do discurso foi a criação e expansão das ecobarreiras, estruturas que impedem o lixo de alcançar os rios. Segundo Almeida, a medida já reduziu em mais da metade a quantidade de resíduos no Rio Negro, passando de 600 para 280 toneladas por mês.
“Estamos fazendo o caminho de volta da poluição. Recuperar mananciais é fundamental, e vamos começar com a inauguração da primeira lagoa com pedalinho público no próximo mês”, completou.
Cobertura total e desafios iniciais
A meta da prefeitura é inaugurar todas as nove estações até o final de junho. A próxima unidade será instalada na zona Sul, e outras serão implantadas nas regiões Leste, Centro-Oeste e Norte da cidade. Atualmente, Manaus conta com três estações meteorológicas, duas do governo federal e uma municipal, e com o novo sistema, passará a ter doze.
Questionado sobre a falta de alerta durante a forte chuva que atingiu a cidade no último dia 27 de abril, o prefeito justificou que o sistema ainda está em fase de implantação.
“É preciso entender que uma estação sozinha não é suficiente. Precisamos do sistema completo funcionando para termos previsões precisas e eficazes”, explicou.
Almeida também comentou sobre o sistema de alerta por SMS, que ainda não está disponível. Segundo ele, a Anatel garantiu que a tecnologia será implementada em Manaus a partir de julho.
“Vamos instalar antenas até o fim de julho. A partir daí, a população começará a receber mensagens sobre onde e quando vai chover, permitindo uma atuação mais ágil da Defesa Civil e de outras secretarias”, afirmou.
Outro tema abordado durante a coletiva foi a necessidade de conscientização da população em relação ao descarte correto do lixo.
Conscientização
“É inadmissível que a cidade seja limpa de madrugada e esteja suja novamente poucas horas depois. Precisamos de parceria da população”, criticou. O prefeito ainda prometeu intensificar campanhas educativas e reforçou o programa de coleta de grandes objetos, como colchões, geladeiras e móveis.
Além disso, a prefeitura pretende fortalecer a logística reversa, exigindo que fabricantes assumam a responsabilidade pela destinação final de produtos como pneus, garrafas PET e eletrodomésticos.
Ações emergenciais nas áreas alagadas
Com a cheia dos rios se aproximando, a prefeitura já atua em áreas críticas como São Jorge e Mauazinho. Pontes provisórias estão sendo instaladas e mais de 600 metros de passarelas já foram construídas. “Não podemos impedir a subida das águas, mas podemos garantir o socorro e o apoio à população que vive nessas regiões”, disse o prefeito.
Todas as ações fazem parte do planejamento da prefeitura pautado nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Segundo David Almeida, Manaus será uma das cidades-modelo do Brasil na COP30, com planos completos de arborização, saneamento, drenagem, resíduos sólidos e áreas de risco.
“Estamos mostrando que é possível cuidar da cidade com responsabilidade ambiental, planejamento e inovação”, concluiu.
Fonte: A CRÍTICA