Manaus (AM) – O preço da cesta básica em Manaus registrou leve alívio para o consumidor em novembro de 2025. Segundo o Dieese, o conjunto de 12 produtos essenciais ficou 0,61% mais barato que em outubro, custando R$ 629,39. Essa foi a sétima queda consecutiva, acumulando 6,31% entre abril e novembro.
Dos itens monitorados, nove tiveram redução de preço no mês: farinha de mandioca (8,09%), arroz agulhinha (4,56%), tomate (3,52%) e café em pó (2,95%) lideraram as retrações. Também ficaram mais baratos manteiga (0,99%), banana (0,78%), pão francês (0,52%), leite integral (0,44%) e açúcar cristal (0,27%).
Por outro lado, três produtos subiram: óleo de soja (3,40%), feijão carioca (3,15%) e carne bovina de primeira (1,58%). No acumulado desde abril, apenas quatro itens registram alta — com destaque para o óleo de soja (9,41%) — enquanto produtos como tomate (26,55%) e arroz (23,41%) seguem garantindo o movimento de queda da cesta.
Impacto no bolso: 91 horas de trabalho para garantir o essencial
Mesmo com o recuo, a cesta básica ainda exige grande esforço financeiro. Em novembro, um trabalhador manauara remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou dedicar 91 horas e 13 minutos de jornada para comprar os produtos essenciais — um pouco menos que no mês anterior (91h47).
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, a cesta consumiu 44,82% da renda do trabalhador, contra 45,10% em outubro. Apesar do alívio marginal, o custo dos alimentos segue representando quase metade do orçamento mensal de quem ganha o piso nacional.
Salário mínimo deveria ser de R$ 7.067,18, diz Dieese
Com base no valor da cesta básica mais cara do país (São Paulo) e na previsão constitucional que determina que o salário mínimo deve cobrir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese calcula mensalmente o salário mínimo necessário.
Em novembro de 2025, o valor ideal seria de R$ 7.067,18, equivalente a 4,66 vezes o salário mínimo vigente. A diferença evidencia que, embora tenha havido desaceleração nos preços da cesta em diversos estados, o piso salarial permanece muito distante do valor necessário para garantir condições dignas para uma família de quatro pessoas.
Em outubro, o mínimo ideal havia sido estimado em R$ 7.116,83 (4,69 vezes o piso), enquanto em novembro de 2024 o valor necessário era de R$ 6.959,31 — 4,93 vezes o salário mínimo da época.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
