Inaugurado em 17 de janeiro de 1909, a alfândega de Manaus foi um dos primeiros prédios pré-fabricados do mundo. Os blocos de concreto foram importados da Inglaterra, da cidade de Liverpool, pela empresa inglesa Manaos Harbour Limited, para construção da sua sede, como parte do contrato de concessão do porto da nossa capital.
Desativado em 2014, o prédio renascentista faz parte do conjunto arquitetônico do porto de Manaus e é tombado pelo IPHAN desde 1987. Estava com infiltrações e foi visto alagado durante as duas grandes cheias do rio negro.
Por iniciativa do deputado estadual Sinésio Campos (PT), foi feito contato com o superintendente do patrimônio da união no Amazonas, Mauro Souza, e com o reitor da UEA, André Zogahib, para viabilizar uma parceria de destinação do prédio da alfândega.
Segundo Sinésio, a destinação natural de um prédio histórico é se tornar um museu, um centro de arte ou uma escola de referência. O que não pode é deixar o patrimônio se perder no tempo, ser destruído ou servir a outros fins.
Foi assim que as tratativas avançaram e em breve a Superintendência do Patrimônio da União doará o prédio da alfândega para a Universidade do Estado do Amazonas, que será transformado num centro de referência da Escola de Artes e Turismo da instituição.
Numa cidade onde os prédios históricos foram e ainda são destruídos, a iniciativa do deputado Sinésio Campos e a sensibilidade cultural, histórica e artística dos gestores das duas instituições se formam como um clamor iluminista no meio da floresta amazônica.
Manaus e seu povo agradecem. O belo prédio está salvo e continuará embelezando a orla do nosso Rio Negro.