PRESO POR VENDER ‘COGUMELOS MÁGICOS’ POSTAVA PRODUÇÃO DO ALUCINÓGENO EM REDE SOCIAL

A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (4), nove pessoas suspeitas de integrar uma rede de produção e distribuição de cogumelos alucinógenos em oito estados do país. Entre os detidos estão Igor Tavares Mirailh e Lucas Tauan Fernandes Miguins, estudantes da Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com as investigações, Igor utilizava redes sociais para exibir vídeos em que mostrava técnicas de cultivo e colheita dos chamados “cogumelos mágicos”, além de manter um site de vendas registrado em seu nome. A plataforma oferecia catálogo completo, métodos de pagamento variados e até um “manual da jornada psicodélica”, no qual orientava sobre doses para alcançar efeitos descritos como experiências “profundas e desafiadoras”.

Foto: Divulgação

A empresa ligada a Igor, registrada formalmente como ramo alimentício, funcionava como fachada para o comércio dos cogumelos que contêm psilocibina, substância psicodélica proibida pela Anvisa. Segundo a polícia, os produtos eram divulgados com promessas de tratamento para depressão e ansiedade, prática considerada curandeirismo.

As entregas eram feitas pelos Correios em esquema semelhante ao dropshipping. Em apenas um ano, a organização movimentou cerca de R$ 26 milhões, com 3.718 remessas que totalizaram mais de 1,3 tonelada de cogumelos. Parte da produção vinha de galpões em Curitiba (PR), preparados para fabricar até 200 quilos por mês.

O grupo investia pesado em marketing: patrocinava festivais de música eletrônica e contava com influenciadores e DJs para divulgar os produtos. Segundo o delegado Waldek Fachinelli, a rede era formada por jovens de classe média e alto nível de instrução, alguns com famílias ligadas a grandes empresas.

Foto: Divulgação

Além das prisões, a operação resultou na apreensão de mais de 3 mil pacotes da droga. Os suspeitos vão responder por tráfico de drogas qualificado, organização criminosa, lavagem de dinheiro, curandeirismo e crimes ambientais.

Em nota, a defesa de Igor e Lucas negou a existência de qualquer esquema criminoso e afirmou que os dois são primários, têm bons antecedentes e nunca haviam respondido a processo. A banca jurídica também declarou que irá contestar as acusações durante o andamento do processo.

 

 

*FONTE: PORTAL TUCUMÃ

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