A juíza Aline Kelly Lins, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Manaus, acionou nesta sexta-feira (14) a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para apurar a conduta de advogados dos implicados na Operação Dracma, que apura fraudes em rifas ilegais promovidas por influenciadores digitais de Manaus. Segundo Aline, os advogados abandonaram a causa, pois deixaram de apresentar defesa no prazo estabelecido pela justiça. Ela deu 1o dias para que os acusados apresentem novos defensores.
“Constata-se, portanto, que a hipótese de abandono indireto da causa se faz presente nos autos do processo, uma vez que os Advogados constituídos, embora intimados por duas vezes e devidamente advertidos sobre as consequências da inércia, optaram deliberadamente por permanecer inertes, causando evidente prejuízo ao bom andamento da instrução criminal e à própria defesa dos interesses dos acusados, inclusive um deles está sob custódia”, diz a decisão.
Entre os acusados está o influenciador João Lucas da Silva Alves, o Lucas Picolé. Ele foi preso em junho de 2023 e deixou a cadeia em dezembro. A polícia voltou a prendê-lo em janeiro sob alegação de que ele tinha voltado a divulgar os sorteios. No dia 20 de maio, a juíza rejeitou pedido de revogação da prisão de Picolé, disse que estava convencida que ele deveria estar preso e sugeriu que a defesa dele buscasse instância superior.
A lista de acusados também tem Isabelly Aurora, Enzo Felipe da Silva Oliveira, o Mano Queixo; Aynara Ramilly e outras quatro pessoas que eram usadas como “laranjas”.