SAIBA QUEM ERAM OS NOVE CRIMINOSOS DO AMAZONAS MORTOS EM MEGAOPERAÇÃO NO RIO DE JANEIRO

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou os nomes e perfis dos criminosos mortos durante a Operação Contenção, deflagrada no último dia 28 de outubro, terça-feira. Segundo o levantamento oficial, nove dos mortos eram oriundos do Amazonas, todos com histórico de envolvimento com o crime organizado, especialmente com o Comando Vermelho (CV), facção que nasceu no Rio, mas hoje domina parte significativa da Amazônia.

O dado revela uma tendência crescente de migração de criminosos amazonenses para outros estados, reflexo da expansão do CV e da disputa por territórios estratégicos para o tráfico de drogas. O movimento, segundo especialistas em segurança pública, mostra que o poder das facções locais deixou de ser um problema regional e passou a ter impacto direto em operações policiais de alcance nacional.

Entre os nomes divulgados, o mais conhecido é o de Francisco Myller Moreira da Cunha, o “Gringo” ou “Suíça”, nascido em Manaus. Considerado uma das principais lideranças do CV no Amazonas, Gringo possuía um mandado de prisão ativo por homicídio e sete procedimentos por tráfico e porte de arma. Segundo investigações, ele atuava como um dos articuladores do grupo fora da região Norte e estava foragido.

Outro morto na ação foi Cleideson Silva da Cunha, o “Loirinho”, também de Manaus, apontado como braço direito de Francisco Machado dos Santos, o “Macaco”, outro nome forte da facção no estado. Loirinho tinha três mandados de prisão pendentes — por homicídio, tráfico e roubo qualificado.

A lista inclui ainda Douglas Conceição de Souza, 32 anos, chefe do CV no bairro Tancredo Neves, na zona Leste de Manaus. Douglas possuía três registros criminais e, segundo a polícia, comandava o repasse de drogas enviadas da capital amazonense para o Sudeste.

Também foram mortos Hito José Pereira Bastos, o “Dimas”, 31, com antecedentes por associação ao tráfico e três registros de ocorrência, e Jorge Santos dos Santos, 30, com histórico de tráfico e homicídio, além de mandado de prisão ativo.

Outro nome que consta na lista é Waldemar Ribeiro Saraiva, de 21 anos, com registros por porte ilegal de arma e associação ao tráfico, e Cleiton Souza da Silva, o “Mãozinha”, 33, com seis anotações criminais. Ele era apontado como gerente do tráfico na Favela do Lixo, em Cabo Frio, e considerado peça-chave no envio de drogas entre o Rio e o Norte.

A polícia também identificou Lucas Guedes Marques, 29, com duas anotações criminais e mandado de prisão ativo, e outro Cleiton Souza da Silva, 31, natural de Santarém (PA), mas com histórico criminal no Amazonas. Ele respondia por associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e estava foragido.

Operação Contenção

A operação — batizada de “Operação Contenção” — mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, com apoio de unidades especiais e parceria das forças de segurança do Pará. O objetivo, segundo o governo fluminense, era conter a expansão territorial do Comando Vermelho e desarticular as bases logísticas da facção nos complexos da Penha e do Alemão, duas das maiores comunidades da capital.

Durante a ação, as forças de segurança cumpriram 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará. Apesar da dimensão do cerco, o principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, apontado como o chefe solto do Comando Vermelho, conseguiu escapar.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, a ausência de Doca entre os presos não diminui o impacto da ação. Ele classificou a operação como “um sucesso operacional”, destacando a prisão de 113 pessoas e a apreensão de materiais considerados estratégicos. “Foram recolhidos HDs e dispositivos eletrônicos que podem revelar esquemas de lavagem de dinheiro e conexões nacionais e internacionais do Comando Vermelho”, afirmou Santos.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: AM POST

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