A votação da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira (16), terminou em clima de tensão após um acalorado bate-boca entre as deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Sâmia Bomfim (PSol-SP). O confronto aconteceu depois que Bomfim criticou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Durante o embate, Sâmia Bomfim acusou aliados de Bolsonaro de trabalhar para “salvar criminosos” e criticou a PEC da Blindagem, que limita investigações e prisões de parlamentares sem autorização do Congresso. Ela chegou a ironizar situações do cotidiano do ex-presidente na prisão.
Bia Kicis reagiu imediatamente, defendendo Bolsonaro e atacando a deputada do PSol. “Nenhuma pessoa normal consegue resistir emocionalmente a tanta perseguição. Vai lavar sua boca, sua imunda!”, disparou Kicis, referindo-se às declarações de Sâmia.
Bomfim respondeu, apontando supostas omissões do governo federal, como a condução da pandemia e medidas econômicas prejudiciais à população, afirmando que a PEC oferece “um salvo-conduto para cometimento de crimes”.
Sobre a PEC da Blindagem
A proposta de emenda constitucional nº 3/2021, aprovada no primeiro turno com 353 votos a favor, estabelece que qualquer investigação ou prisão de parlamentares dependa de autorização do Congresso, com exceção de crimes inafiançáveis ou flagrantes.
No segundo turno, o texto recebeu 344 votos a favor e seguirá agora para análise do Senado. A PEC também prevê que presidentes nacionais de partidos com representação no Parlamento sejam julgados diretamente pelo STF.
Trechos polêmicos, como a possibilidade de votação secreta para deliberações sobre abertura de processos contra deputados e senadores, chegaram a ser derrubados, mas lideranças do Centrão tentam retomá-los.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
