Na manhã desta segunda-feira (11) o empresário Otílio Tadeu Linhares Júnior, foi preso responsável por comandar esquema de crimes contra consumidores. O mesmo é proprietário de um mercado em Borba, a 151 quilômetros de Manaus.
As diligências foram executadas pela 74ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) do município.
Conforme a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Ele era investigado por comandar esquema de crimes contra consumo, incluindo a venda de produtos vencidos e adulterados, além do armazenamento ilegal de munições.

Mercadorias em abundância foram apreendidas
Durante a operação, os policiais apreenderam uma abundância de mercadorias com prazos de validade adulterados, além de munições de diversos calibres, chumbo, pólvora e cartuchos calibre 12.
As investigações revelaram que o estabelecimento utilizava métodos fraudulentos para enganar os clientes, como:
- Manipulação de validade: recolocação de produtos vencidos nas gôndolas;
- Adulteração de carnes: uso de sal para disfarçar o odor de carne estragada, que era reembalada com a marca do mercado;
- Reaproveitamento de alimentos: peneiração de arroz e lavagem de macarrão para remover fungos antes da revenda.

Segundo o titular da 74ª DIP, o delegado Jorge Arcanjo, o esquema era coordenado pela mãe do empresário, que também era proprietária do mercado.
Ela instruía funcionários a adicionar itens não solicitados nas notas fiscais, fazendo com que os clientes pagassem por produtos que não levaram.
Quando o valor acumulado chegava a R$ 50, o empresário descartava os itens sem prejuízo.
Flagrante e crimes
Otílio foi preso em flagrante por crimes contra a saúde pública (artigo 272 do Código Penal) e será indiciado por estelionato, coação moral, organização criminosa, lavagem de dinheiro e constrangimento ilegal.
O delegado afirma que as investigações continuam e que outros envolvidos podem ser identificados. O estabelecimento foi interditado, e os produtos apreendidos serão destruídos.
A PC-AM reforça a importância de denúncias para coibir práticas que colocam em risco a saúde pública.
Veja vídeo
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ